Mais uma vez, o Brasil na contramão da história....
Em excelente artigo (FSP, 29/07/2013), Roberto Rodrigues demonstra claramente os riscos para o Brasil, decorrentes do Acordo de Livre-Comércio Estados Unidos - União Européia, cujos estudos para criação já se iniciaram no mês passado.
Esse acordo, por gerar uma profunda modificação nos padrões atuais do comércio agrícola, deve afetar diretamente o Brasil Agro.
Alguns trechos:
- "E não são só (a nos afetar) as concessões tarifárias (ou até mesmo a completa liberação de tarifa): temas como patentes, denominações de origem, medidas sanitárias e fitossanitárias, padrões de bem-estar animal e outros mudam radicalmente o cenário atual. E tem mais: aquecimento global, emissão de gases de efeito estufa e o velho tema do ambiente ou da sustentabilidade também podem surgir como novas barreiras não tarifárias, ajudando a perturbar ainda mais as relações comerciais na agricultura".
- "Mas 23% das nossas exportações do agro vão para a Europa, e competimos com os americanos em soja, carnes, produtos florestais e açúcar. Podemos perder posição. E para os Estados Unidos vão 7,3% do total exportado pelo Brasil, inclusive café (é que a União Europeia vende café torrado e moído para eles). Enfim, há riscos no horizonte e precisamos estar atentos".
Agora o Brasil avalia como reagir. É o problema de sempre! Depois de ser atropelado, pensa de que forma pode reagir. As "mentes periféricas" do governo brasileiro não sabem se antecipar ou enxergar estrategicamente. E quando buscam fazê-lo, erram no diagnóstico, no planejamento e na execução. Complicado!
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