Do mesmo modo que decidiu lançá-lo em 2005, o Google resolveu, de modo intempestivo, retirar do ar o Google Reader, certamente orientado por uma análise econômica limitada e míope.
Isso gerou protestos no mundo todo, já que muitas pessoas, profissionais liberais e empresas contavam com o Reader para aglutinar, em um só report, notícias e dados de várias fontes.
Sem precisar pesquisar muito, vi várias análises sobre isso na Economist e no New York Times (blog do Paul Krugman).
A questão chega a ser grave: o Google veio, ao longo de vários anos, provendo e oferecendo gratuitamente infraestrutura pública de TI, inclusive para uso acadêmico. Mais recentemente, tornou-se uma empresa de capital aberto, sujeita à ditadura dos mercados, a do lucro trimestral elevado ou do presidente demitido.
Afirmo que a análise econômica estrita do resultado do Reader, que levou à sua desativação, é "burra" no sentido em que lança dúvida, no potencial usuário, sobre a adoção de qualquer nova "ferramenta mirabolante" ofertada pela empresa. Vai o prospectivo usuário correr o risco de estruturar a sua atividade diária encima de um recurso baseado na web que, sem mais nem menos, pode ser desativado?
Chamo a isso de "uma das muitas formas de autoritarismo corporativo" pois as grandes corporações de hoje em dia, principalmente as de TI, se acham acima do bem e do mal.
Cabe aos seus usuários a tarefa de mostrar-lhes que não é bem assim!
york
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