domingo, 24 de fevereiro de 2013

A imprensa esqueceu, mas eu não...

Curiosamente, muito pouco se publicou  neste ano sobre o escândalo "Jill Kelley / David Petraeus / Paula Broadwell e outros", mesmo no US.


O assunto foi revelado apenas uma semana após a eleição de 06/11, e estranhamente não respingou no companheiro Obama. Homem de sorte esse Obama. Isso porque é difícil acreditar que ele nada sabia (há meses o FBI investigava o assunto, bem antes da eleição portanto). 


Além disso, envolve segurança nacional, e não fica bem saber que este tema podia estar sendo misturado, por alguns generais, com atividades pouco edificantes.


Vamos continuar acompanhando.


nada

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

É preciso (insistirmos em) falar o óbvio!!

Aos beneficiários da globalização (normalmente as grandes corporações), mas também aos seus "inventores", incentivadores e sistematizadores, cabe agora o ônus de resolver os graves problemas dela decorrentes: crises econômicas com alto poder de propagação, desequilíbrio ambiental, conflitos políticos e muito mais!!


A coisa ficou tão interconectada e complicada que nenhum país, por mais poderoso que seja, consegue resolver esses problemas sozinho, mesmo que se pense em uso da força militar! Por que? Porque os problemas transcendem as esferas nacionais, e tem múltiplos impactos, difíceis de prever.


Então é simples assim: na hora da ganância e do atendimento de interesses opacos, todos se lançaram com determinação para colher os frutos da globalização. Por decorrência, faltou visão de longo prazo e ponderação. Sobrou irracionalidade.


Agora enormes problemas de desorganização e desequilíbrio global se apresentam. Moralmente, cabe aos luminares "inventores" da globalização resolvê-los! Como eles não vão conseguir, que tal começar por abandonar o maquiavelismo e o interesse particular e começar a pensar cooperativamente


Mas cuidado! Isso não é meramente bom-mocismo, nem é tão simples assim! É preciso liderança de valores e principalmente inteligência. Mas não qualquer inteligência: é necessário aprender a visão sistêmica das coisas (resolver problemas localizados é mais fácil, pensar no conjunto é muito mais complexo).


Sobre o assunto, Moisés Naím publica interessante artigo ("O G-20 é um triste sinal de um mundo não cooperativo") no Financial Times de hoje.





sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

E o tempo esquenta um pouco mais!

Já postamos algumas vezes sobre esse assunto. 


Aumentam as chances de um conflito China x Japão.


As consequências para a economia mundial são difíceis de prever.

(ao lado nota da Reuters, distribuída hoje).

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Bancos de Investimento e empresários "espertos"!

Em excelente artigo, Steven Davidoff (Deal Book, NYT, 30/01/2013) alerta: "Se você não sabe quem é o idiota na situação, é provável que seja você!!".


O artigo retrata a turbulenta história da venda, no ano 2000, da Dragon (sistemas de reconhecimento de voz), criada pela família Baker, para uma empresa belga, por U$ 580 milhões. Nesse negócio, o Goldman Sacks assessorou a família, como Investment Banker. 


Pressa, agendas ocultas, lambanças e atores inspirados pela "lei de Gerson" resultaram em uma sucessão de eventos desastrosos, com a descoberta, um ano depois, de uma incrível fraude contábil pela empresa belga.


Não é preciso dizer o que aconteceu com os Bakers! Eles acabaram processando todos os envolvidos, inclusive o Goldman, no seu papel de assessor. Contudo, não ganharam a disputa legal, recentemente decidida pelo juri em um julgamento com duração de 16 dias. Duas lições, pelo menos: 1) Cuidado com os Bancos de Investimento!; 2) Um cliente não pode pretender que um Banco de Investimento o proteja de suas próprias idiotices!


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Devagar com o andor!

Já leio, entre os artigos recentes de analistas econômicos, que os pessimistas terão que adiar suas previsões de pouso forçado da China. Pode ser! Talvez no curto prazo, até meados desse ano, um pouco mais. Mas é melhor ir devagar com o andor!


De acordo com a matéria ao lado (Estadão de hoje), a agência de avaliação de risco Fitch Ratings alerta que a expansão
monetária de 2012 evitou o pouso forçado da economia chinesa,
mas elevou a quantidade de crédito na economia a novos patamares. 

E com dois agravantes: 1) os empréstimos concedidos fora do sistema bancário (o chamado "shadow financing") cresceram mais rapidamente que o crédito tradicional no ano passado e já representam 48% do total. Em 2002, o porcentual era de 2%! 2) muitos dos novos produtos financeiros funcionam de maneira semelhante a um “esquema Ponzi” (retorno garantido pelos recursos de novos investidores e não pela rentabilidade da aplicação)!!

Vamos acompanhar. (Quando todos usam helicópteros e assemelhados, é preciso lembrar que pode não haver heliportos suficientes!)