
No Financial Times de hoje, o alerta: "Trade numbers expose China
weakness".
Exportações crescendo a um ritmo menor que o esperado e importações caindo.
Estamos recorrentemente, neste blog, assinalando a dependência brasileira do bom ritmo da economia chinesa, o que por si só já é um ponto de preocupação.
Além disso, pesa a fragilidade dessa dependência, tendo em vista a sua forte concentração em commodities, agrícolas (com um pouco mais de fôlego) e minerais (já em sensível declínio).
No front interno, o "modelito" brasileiro de crescimento foi erroneamente baseado em incentivo ao consumo (via expansão do crédito, este muito caro), consumo concentrado em eletrônicos (que oneram a balança comercial, e com péssimos serviços de telefonia, prestados por empresas sem nenhuma estrutura para a expansão) e veículos (despejando centenas de milhares de automóveis e assemelhados em cidades e regiões sem nenhuma estrutura viária e rodoviária).
Para completar o quadro, grande marola e concentração de esforços em um pré-sal que, cada vez mais, demonstra não ser tudo isso, em um contexto mundial de fortes investimentos em fontes alternativas de energia, novas tecnologias de obtenção etc. etc.
E o mais incrível, esquecendo completamente de uma atividade vital para a economia, o abastecimento de combustível. A Petrobrás consegue o "galardão" de ficar por mais de 30 anos sem inaugurar uma refinaria sequer. E o pró-álcool? Também caiu no esquecimento.
E a nossa balança comercial é novamente onerada, pois o país necessita importar gasolina e álcool para movimentar sua frota em forte expansão.
Conclusão? Tudo errado!!
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