domingo, 29 de julho de 2012

Supremacia americana ameaçada.

Já escrevi algumas vezes, e de diferentes formas, a respeito das grandes transformações mundiais, em curso desde 2008 (Lehman Brothers) e até possivelmente 2023.
Uma nova estrutura de poder (não necessariamente melhor) se estabelecerá entre as nações, acompanhada de grandes mudanças mundiais nos âmbitos político, corporativo, social e tecnológico.
Em particular, eventos mais drásticos deverão ocorrer até 2015 e estamos assistindo os primeiros capítulos desse processo.
Dessa forma, é possível, e até provável, que Europa e EUA percam muito de sua supremacia, influência e poder econômico, sendo que a China aumentará em muito o seu "cacife" (o que não significa que não enfrentará problemas neste ciclo até 2023).

Aumentarão as preocupações da humanidade com questões mais fundamentais, como água, alimentos, saúde, perdendo importância o fetiche exercido pelos tablets, ipads e outros "devices", hoje considerados essenciais (possivelmente para o ego humano), mas, em certo sentido, supérfluos. Talvez seu uso acabe sendo redirecionado para as finalidades mais essenciais citadas. (acima, matéria a respeito da decadência americana no Estadão de hoje)



A surpreendente luta pela água na China!

A China, país com crescentes ambições de liderança hegemônica, defronta-se com um problema até mais grave que poluição ambiental, redução de áreas aráveis, destruição de florestas e outros.


Trata-se da escassez de água, problema já antigo, mas que agora se agrava exponencialmente, dado o estratosférico patamar atingido pela população — 1,34 bilhões de pessoas — e o rápido e desordenado crescimento econômico dos últimos 20 anos.


Apenas alguns dados:


- Com 19% da população mundial, a China possui apenas 6% da água doce do planeta;
- Os problemas de água são profundos e complexos, com várias causas: rápido esgotamento dos grandes reservatórios subterrâneos; erosão, desmatamento e assoreamento dos rios; deterioração da infraestrutura de irrigação; poluição dos rios e lençóis freáticos etc.;
- O rápido crescimento econômico pressionou a água, deixando a China com apenas 0,08 hectares de terra arável per capita,uma das médias homem-terra mais baixas do mundo.


Dessa forma, a China, apesar de sua grandeza e potencialidades, tem vulnerabilidades importantes e é externamente dependente (de países como o Brasil, por exemplo).


Na minha visão, não costuma "dar boa coisa" quando alta dependência de recursos externos se combina com nacionalismo e poder econômico crescentes! Vamos acompanhar.


Tudo isso e mais no excelente caderno Planeta (Estadão, 25/07/2012), em matéria escrita pelo brilhante pesquisador Norman Gall, por 6 semanas estudando o assunto na China.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Incrível!

Buscando uma nova abordagem, possivelmente derivada da crença de que o PIB e seu crescimento não são assim tão importantes, o Governo ousa e pensa em destinar R$ 1bi do FAT para financiar viagens de turismo de trabalhadores em férias coletivas!! Sem comentários! (ao lado, matéria a respeito no Valor de hoje)

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Agora o FMI está mais expedito!

Depois de ser criticado por "dormir no ponto" em 2007/2008, deixando de alertar sobre a bolha imobiliário no US, o FMI agora está mais ligeiro e expedito, alertando sobre os possíveis riscos a ameaçar a economia mundial, nesta atualização (16/07/2012) do seu Panorama Econômico Mundial de abr/12.


Enfatiza que "tudo pode terminar bem", desde que: 1) haja suficiente agilidade das autoridades européias (e dos países em crise) ao proporcionar, gradualmente, condições financeiras facilitadoras da retomada econômica; 2) comecem a produzir efeito medidas similares, já tomadas pelos países emergentes.

Contudo, na prática, a crise pode escalar e chegar a níveis inimagináveis. Uma das razões para isso? A excessiva lerdeza das autoridades européias e dos países em crise. (veja ao lado matéria no Estadão de 22/07 a esse respeito)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

As grandes corporações e a sua grande hipocrisia!

Em todo o mundo, as Corporações se tornam cada vez mais poderosas e adeptas de modelos de pensamento auto-referenciados, por meio dos quais elas acabam se convencendo de que sempre estão corretas, mesmo que seus clientes não concordem com isso.
Arbitrariedades e comportamentos abusivos são cometidos, em prejuízo dos clientes, mas, observem, sempre dentro das melhores práticas, das regras de compliance e das normas ISO. É a isso que chamo de "A Grande Hipocrisia". 

Pense no seu Plano de Saúde, na sua Operadora de Celular, no seu Banco e veja se não é assim!

O excelente artigo de Moisés Naím "Quem maltrata mais você?" (FSP de hoje) retrata bem isso. 

Essas são as consequências práticas da globalização, dos grandes players mundiais, do livre-mercadismo, da desregulamentação e dos mercados financeiros destravados.


quinta-feira, 19 de julho de 2012

As possibilidades do xisto.

É preciso olhar o pré-sal sob uma perspectiva realista, não se deixando levar pelos seus "encantos", ou vendo-o como uma panaceia para a economia brasileira. Os outros também trabalham com suas alternativas, inclusive mais rápido do que nós! (ao lado, matéria do Estadão, semana passada)

terça-feira, 17 de julho de 2012

segunda-feira, 16 de julho de 2012

E a competitividade do Governo?

É desnecessário comentar. A matéria (Estadão, semana passada) é auto-explicativa.
Falta ao Governo autoridade moral para cobrar competitividade de quem quer que seja.

As "iron ladies" tupiniquins!

Fazer marola, para depois descobrir o óbvio, parece ser a sina das "iron ladies" tupiniquins!

Não é preciso ser bidu para saber que fabricar componentes complexos para a indústria do petróleo e gás não é uma questão de vontade, mas sim de competência e de criação de um ambiente empresarial "clean". Isso envolve no mínimo: redução de tributos e encargos — redução de fato e não "para inglês ver" —, infraestrutura compatível, desburocratização etc. etc., como já enfatizamos em outras postagens. Ao lado, matéria do Estadão de hoje.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Imprensa brasileira "dorme no ponto"

Escândalo envolvendo dois dirigentes brasileiros da FIFA só vem à tona porque jornais suiços e a BBC lutaram na Justiça pelo direito de publicar a respeito. Por quê a midia brasileira não agiu da mesma forma?? É no mínimo curioso! (veja ao lado matéria na FSP de hoje)

quarta-feira, 11 de julho de 2012

A "rede do mal"....


Os tentáculos da "rede do mal" não conhecem limite aqui nas terras tupiniquins.
De um lado, sai Demostenes, por pura incompetência, " pisando na bola" de forma até "pueril". Enfim, demonstrou não possuir o necessário "savoir faire".
Por outro lado, vejam na notícia ao lado (jornal Valor de hoje) quem vai entrar no lugar dele no Senado. A "rede do mal" é muito densa por aqui!